O mercado de créditos de carbono, sem dúvida, é um dos principais ativos sustentáveis para países como o Brasil. Graças a uma conjuntura de circunstâncias, temos condições de cumprir nossas metas na redução de emissão de gases poluentes. Dessa forma, a venda do excedente vira porta de entrada para investimentos de países e empresas estrangeiras.
Porém, ainda falta fomento e, em alguma medida, credibilidade a este mercado no Brasil. Ainda precisamos superar obstáculos como a dupla contagem de créditos para podermos explorar todo o nosso potencial na área.
O que são créditos de carbono
O conceito vem de 1997, quando o Protocolo de Kyoto propôs a diminuição dos gases de efeito estufa.
Em resumo, os créditos de carbono são um mecanismo de flexibilização para auxiliar os países que possuem metas de redução da emissão de gases. A cada tonelada não emitida, gera-se um crédito de carbono.
Se um país está a, por exemplo, 20 mil toneladas de atingir sua meta, basta comprar estes créditos de países com excedente. O Brasil, ainda com vasta cobertura vegetal e uma indústria não tão desenvolvida quanto a de países do chamado "norte global", tem créditos de carbono para capitalizar uma indústria verde, que traga desenvolvimento econômico atrelada à consciência ambiental.
O que falta para o Brasil
Em poucas palavras, regulamentação. Falta um marco legal, regulatório e institucional que permita o desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil.
Apesar de diversos projetos de lei apresentados, não existe um sistema centralizado para registrar, rastrear e contabilizar os créditos de carbono. Como resultado, riscos de dupla contagem, com um crédito sendo vendido duas vezes para compradores diferentes, afastam potenciais compradores.
Nesse sentido, o Projeto de Lei 412/2022 estabelece como primeiro objetivo as diretrizes para um Sistema Brasileiro de Gestão de Emissões de Gases de Efeito Estufa, exatamente para dar essa credibilidade ao nosso mercado.
Para vender créditos de carbono, é preciso gerá-los
Práticas essenciais e sustentáveis são a melhor forma de evitar a emissão de gases na atmosfera e gerar ainda mais créditos de carbono. A Embalatec, com 80% de sua linha de produtos feita a partir de plástico PCR, a resina pós-consumo industrial, economiza não só na energia de produção, mas também pela redução na demanda de extração de petróleo para produzir resina virgem.
Ao fazermos a logística reversa de nossos clientes, impedimos que plástico em boas condições vá para solos e mares, poluindo e reduzindo nossa capacidade natural de capturar carbono. É um modelo de negócio que prioriza a economia circular, sem lugar para o desperdício.
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