A Lei 17.110/2019 completou 4 anos. Desde então, canudos de plástico foram banidos em hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos, salões de dança e eventos musicais de qualquer espécie, entre outros estabelecimentos comerciais. Com objetivo de substituir a matéria-prima por alternativas como papel e materiais biodegradáveis, a medida está em vigor há tempo o suficiente para que possamos questionar sua efetividade.
Para isso, precisamos entender o caminho dos canudos de plástico, desde a origem, até se tornarem resíduos sólidos. Dessa forma, seremos capazes de identificar o que tornou o item até pouco tempo atrás tão corriqueiro em vilão da sustentabilidade.
O caminho dos canudos
Sem dúvida, a produção deste material não é das mais ecológicas. Para fazer um quilo de canudo, se gasta 182 litros de água, por exemplo. Mas a versão em papel tem um CRN (Consumo de Recurso Natural) 3,21 vezes maior. Isso porque os sistemas de extração e branqueamento da celulose, bem como a produção do papel e do canudo em si, representam pontos críticos para aumentar a demanda por água.
Outra variável que aumenta o impacto ambiental de canudos é o transporte. Em média, um caminhão emite 1,3 kg de poluentes por quilômetro percorrido. Dessa forma, uma fábrica de canudos de plástico mais próxima do que uma de papel consome menos recursos e emite menos poluentes.
Mesmo o descarte de papel, sem os devidos cuidados, representa riscos. Em primeiro lugar, porque o material é leve. Você pode jogá-lo na lixeira e o vento levá-lo embora, poluindo água e solo. Papel exposto ao ambiente fica molhado e também serve de fonte de nutrientes para microrganismos anaeróbicos, que promovem uma biodegradação com alto índice de metano.
Além disso, canudos de papel se desgastam rápido demais quando em contato com líquidos quentes. Mesmo em bebidas geladas, se o volume for grande, o canudo pode não aguentar. Isso exige mais canudos, que consomem mais água, que é transportado por mais caminhões...
Ainda que o polipropileno seja de origem não renovável e tenha um prazo de até 200 anos para se degradar, pode ser reciclado a um custo menor do que o plástico. Além disso, pode ser reciclado e reutilizado, não necessariamente como canudo, mas pode ser transformado em outros materiais.
Equilíbrio, informação e parceria
O papel não é antagonista do plástico, tampouco o plástico é vilão da sustentabilidade. A chave está no equilíbrio de uso dos dois recursos, com logísticas desenvolvidas para atender cada região com o menor impacto agregado. Produção descentralizada, rotas de transporte mais curtas e gerenciamento de resíduos eficiente, em sinergia, criam soluções que atendem a todos e não sacrificam a natureza.
Para reduzir custos e aumentar o índice de reciclagem, trabalhamos com 80% da linha de produtos da Embalatec em plástico PCR industrial, com as mesmas características da resina virgem, mas mais sustentáveis e acessíveis para a indústria.
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