A bandeira verde tem sido bastante levantada entre as empresas – em tempo, já que os impactos negativos que o homem provocou ao meio ambiente no decorrer de séculos começam a ficar cada vez mais evidentes. Climas extremos (calor excessivo que provoca secas ou chuvas intensas), ar poluído e contaminação de mananciais e lençóis freáticos são apenas alguns dos sinais que vemos e sentimos. E o que não vemos?
No final de 2019, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), instituição federal ligada ao Ministério da Economia, publicou no Caderno de Desenvolvimento Sustentável que em 2005 o Brasil emitiu 2.133 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq é uma unidade de medida das emissões de gases do efeito estufa) na atmosfera. Em 2015, com a atenção conjunta para reduzir a agressão, o volume de emissão caiu para 1.368 milhões de toneladas de CO2eq – uma diminuição de quase 40% em uma década.
Apesar disso, pesquisadores alertam para a importância da implantação de políticas públicas efetivas, que resultem na diminuição dos gases nocivos no ar. A meta nacional para 2030 estabelecida no Acordo de Paris – um tratado mundial entre 195 países firmado em 2015 e que prevê a diminuição do aquecimento global – é atingir o nível de 1.208 milhões de tonCO2eq no nosso país.
Ações de neutralização do carbono têm se espalhado no meio corporativo, com a publicação de Portfólios, Guias Práticos e Manuais de conduta das empresas. Plantio de árvores, proteção de áreas verdes já existentes, redução da emissão de gases nos processos produtivos são primeiros passos que vão fazer diferença a médio e longo prazos.
Uma outra prática que tem ganhado espaço são os créditos de carbono, que podem ser comercializados entre empresas para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa. Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono e seu valor é regulado de acordo com diretrizes técnicas da Organização das Nações Unidas. Assim, por exemplo: se uma determinada empresa emite mais gases do que o regulamentado, ela pode comprar os créditos de uma outra empresa que emitiu menos do que o máximo permitido. Esses créditos podem vir em compra direta, podem ser investimento em projetos ou ainda serem comercializados no mercado de ações.
Além dessas ações macro, estabelecer diretrizes internas em cada empresa para que os colaboradores adotem atitudes coerentes com a preservação ambiental também têm ganhado espaço como medidas imediatas. Estratégias que incentivam o transporte solidário ou opções alternativas de locomoção, como bicicletas, por exemplo, conquistam adeptos não apenas pelas facilidades que proporcionam, mas também por colaborar com a natureza.
Já falamos aqui, por exemplo, das nossas iniciativas sustentáveis e atuamos também para nos tornarmos uma empresa Lixo Zero, destinando corretamente todos os resíduos produzidos na empresa. Materiais que não podem ser reciclados são aproveitados pela Carbo Brasil para a confecção de produtos como tijolos e bancos sustentáveis, por exemplo. Materiais orgânicos se tornarão adubo em nossa horta, que está em construção.
Na Embalatec, a própria produção a partir da resina pós-consumo é uma medida consciente de que é preciso oferecer opções sustentáveis para a sobrevivência do planeta! Quantificar os danos que por anos foram – e ainda são – causados no meio ambiente e buscar sempre alternativas para repará-los é atitude que cabe a todos nós, como habitantes do planeta.