Como falamos anteriormente, a reciclagem química possui uma série de vantagens para a indústria. Especialmente no setor de plásticos. Isso porque ela reduz a quantidade de resíduos, aproveita ao máximo o potencial das matérias-primas secundárias e explora novas aplicações de produtos finais.

Neste artigo, vamos dar mais detalhes sobre os diferentes processos de reciclagem química. Além disso, você vai entender porque ela é, acima de tudo, uma necessidade para a indústria brasileira.

Diferentes modelos de reciclagem química

Estes são os quatro modelos mais comuns presentes na indústria:

• Hidrogenação - quebra das cadeias poliméricas do resíduo plástico. Inicialmente, de forma térmica e com a utilização de oxigênio. Disso, resultam radicais livres altamente reativos que, após saturação com hidrogênio, geram hidrocarbonetos leves, como metano, etano e propano, além de mistura de hidrocarbonetos na faixa de gasolina e diesel. Muito útil para reciclar resinas fenólicas, resinas melamínicas e poliéster insaturado, gerando matéria-prima para refinarias.
• Gaseificação - o oxigênio inserido gera a combustão do carbono contido na matéria. Ou seja, o processo ocorre na presença limitada de oxigênio, geralmente na forma de ar, vapor ou oxigênio puro. O resíduo é então queimado em elevadas temperaturas, entre 800 °C e 1000 °C para, durante a gaseificação, recuperar CO e H2, bem como pequenas quantidades de CH4, CO2, H2O e alguns gases inertes. Esses gases podem, por exemplo, alimentar a combustão em motores ou turbinas para a geração de energia elétrica. Outra aplicação é o uso em bombas de irrigação, geração direta de calor e produção de matéria-prima para a síntese química.
• Pirólise - promove a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. A baixa temperatura, o resíduo despolimeriza e forma pequenas quantidades de compostos aromáticos e gases leves, como o metano. A alta temperatura, o resíduo é decomposto em óleos e gases que, posteriormente, serão purificados por métodos petroquímicos padrões.
• Quimólise - por fim, na reciclagem química por quimólise, substâncias como metano, água e glicol fazem uma quebra, parcial ou total, dos plásticos em monômeros.

Reciclar é o único caminho

O Comitê Executivo da Câmara de Comércio Exterior aprovou a prorrogação do governo para o aumento do Imposto de Importação para restos de papel, plástico e vidro. Em primeiro lugar, porque eles competem com a cadeia nacional de reciclagem. Em segundo lugar, porque o aumento de resíduos em território nacional traz impactos negativos para o meio ambiente.

A indústria brasileira tem os insumos, o conhecimento técnico e finalmente está demonstrando interesse em transformar a economia circular uma realidade. Você pode entrar nessa tendência firmando parcerias com fornecedores que utilizam reciclados em seus portfólios de produtos.

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